Mostra de peças raras e inéditas na Artemobilia Galeria, em São Paulo, pretende traçar um paralelo entre os trabalhos dos designers.
Um nasceu em Portugal; o outro na Itália. Um foi pioneiro no design de móveis no Brasil, ao lado de Sergio Rodrigues e Zanine Caldas; outro, um arquiteto que teve seus trabalhos mantidos em anonimato por anos. Um preferia trabalhar com jacarandá; o outro, com caviúna. Um tinha personalidade séria, reservada; o outro era expansivo e adorava contar piadas. Estas são algumas das diferenças entre o marceneiro Joaquim Tenreiro e o arquiteto Giuseppe Scapinelli. Em exposição na Artemobilia Galeria, em São Paulo, móveis assinados por ambos mostram as principais diferenças – e também o que há de comum – entre os dois imigrantes que marcaram o design brasileiro.
Poltronas de caviúna, assinadas por Giuseppe Scapinelli em 1950
As cadeiras de jacarandá são do final dos anos 1950 e levam a assinatura de Joaquim Tenreiro
Nascido em 1906, em Portugal, Joaquim Tenreiro foi um dos principais nomes do design de mobiliário no Brasil no século XX. Criador da poltrona Leve, também era pintor, desenhista e escultor. Produzidas artesanalmente e, portanto, em quantidade limitada, suas peças são admiradas e cobiçadas até hoje. A seriedade era uma característica forte em sua personalidade.
À esquerda, estante modular de Joaquim Tenreiro e, à direita, poltrona de caviúna de Scapinelli
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