Muito legal essa matéria que vi na Uol, veja que bonito apartamento! O arquiteto José Armênio de Brito Cruz, um dos titulares do escritório paulistano Piratininga Arquitetos, derrubar paredes para renovar a arquitetura e a ocupação deste apartamento, situado no alto de um edifício projetado em 1952 pelo modernista Abelardo de Souza. Com o novo desenho, o imóvel, que possuía três dormitórios, e já havia sofrido modificações anteriores, ficou com a circulação mais fluída, a distribuição dos cômodos racionalizada e o visual mais urbano. Bem localizado, o apartamento, que estava relegado ao posto de "depósito de obras de arte" quando, recém-separado, o proprietário, dono de uma galeria em São Paulo, decidiu habitá-lo novamente, contratando o arquiteto José Armênio para traduzir as suas necessidades e as de seu filho em espaços atuais. O proprietário deu total liberdade para o amigo e colaborador de outras empreitadas, realizando um único pedido: "Por favor, faça o que quiser."
A varanda percorre a área que corresponde ao estar. As portas de correr de vidro promovem a integração das áreas, enfatizada pela continuidade promovida pela aplicação do mesmo material de revestimento (pastilhas de vidro) no piso e também no guarda-corpo
Quem entra no apartamento é recebido pelo autorretrato da polêmica artista plástica serva Marina Abramovic, e a coluna cilíndrica de concreto aparente destacada pela iluminação
A obra revelou a laje nervurada oculta pelo forro, onde ainda estavam embutidas as formas de madeira, que depois foram retiradas do vão. O concreto foi restaurado, tratado e deixado aparente, combinado com o volume construído do mesmo material. Repare no forro prateleira de metal, que serve como calha técnica, organizando todas as instalações da casa
Com a reforma, o imóvel adquiriu configuração de loft. A calha metálica conduz as instalações e a iluminação, planejada para enfatizar os elementos estruturais que servem de contexto para o mobiliário e as obras de arte. Em primeiro plano, sobre a mesa de jantar da Forma, luminária pendente da Lumini
No canto do estar, poltronas Charles Eames, sofá de couro da Dpot, e mesa de centro revestida de espelho da Érea. Ao fundo, poltrona luminária. As esquadrias, que já haviam sido trocadas em uma reforma feita no edifício, receberam vidro duplo anti-ruído
A ligação entre os ambientes também acontece por meio da calha metálica que embute a iluminação e as instalações. O projeto preservou o piso de pastilhas de vidro que reveste o estar e a cozinha. O piso dos outros ambientes foi revestido com epóxi
A parede ao fundo, pintada com tinta acrílica, serve de anteparo para as obras de arte que ali fazem rodízio: atualmente, trabalhos de Nelson Leirner
A nova distribuição dos ambientes acomodou a cozinha ao longo da parede e paralela ao volume que abriga o lavabo entre outros equipamentos. Com desenho de José Armênio, o móvel é revestido com laminado melamínico e tem tampo de madeira. Ao fundo, a integração com a suíte. Destaque para a coluna de zinco, criada pelo arquiteto para distribuir as instalações
A área do home theater liga-se à suíte principal pelo vão que pode ser fechado pela porta de correr. À esquerda, o mesmo volume de concreto abriga também a estante (executada pela SZatelier) que guarda livros e o equipamento de áudio e vídeo. A estante compõem com a esbelta mesa escandinava de madeira
O closet, feito sob medida pela SZatelier, ocupa parte da antiga suíte, abrindo-se diretamente ao estar de forma inusitada
Para diferenciar o home theater do estar, melhorar a acústica e trazer aconchego ao espaço, José Armênio aplicou gesso no teto. O sofá da Casual é revestido com lona reciclada bordada e combina com a poltrona de couro mole
O lavabo, instalado no volume de concreto, tem bancada e piso de mármore piguês
A suíte principal recebe farta luz natural. O ambiente exibe cama da Serta Store e tem, à esquerda, a tela adesivada por Nelson Leirner e, à direita, o óleo sobre tela assinado por Sandra Cinto
A porta de correr de madeira preserva a intimidade, quando necessário. Aqui, repete-se o recurso da iluminação distribuída pela calha metálica. Banco e criados-mudos foram desenhados pela arquiteta Cristina Bozian
O quarto e o banheiro estão ligados pelo vão e a calha que atravessa os dois ambientes. Ao lado da janela, obra feita de concreto por Anna Maria Maiolino
Vista do quarto para o banheiro, instalado no espaço que era de um quarto. A placa de vidro fosco faz a separação do closet
Mármore piguês, epóxi e deck de madeira no piso foram os materiais usados no banheiro da suíte principal. Os boxes de vidro fosco dividem a área do vaso e do chuveiro
No banheiro da suíte principal, perceba a presença da calha metálica acomodando elétrica, hidráulica e embutindo a iluminação. Ao fundo, mais uma proposta incomum: a ligação com o serviço através da porta no chuveiro
A suíte do filho nasceu da junção da cozinha com a lavandeira e a despensa da planta original do apartamento. Encostado à coluna estrutural, o tubo de zinco que guarda as instalações. O quarto tem o forro de gesso, piso com acabamento de epóxi e porta de correr
Vista da segunda suíte. A mesma bancada da pia é usada como área de trabalho do lado do dormitório. Vaso e chuveiro são separados por portas envidraçadas
A segunda suíte tem privacidade garantida pelo acesso reservado. Note aqui a calha de metal completando o perímetro do apartamento
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